segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Primeira oficina de Erosão Cultural Alimentar em Novo Cabrais

A escola Municipal de Ensino Fundamental José Escotegâne recebe o projeto Erosão Cultural Alimentar para a realização da primeira oficina com o objetivo de conhecer a dieta alimentar local.
Estivem presentes no Centro comunitário São Roque, nas proximidades da escola, o Vice prefeito do município, o secretário de educação, o grupo de mulheres coordenado pela Emater, professores e alunos. A oficina ocorreu pela manhã e teve início com um 'banquete' preparado pelas mães dos alunos que participam do grupo de mulheres, pratos deliciosos, dentre os quais, alguns retomavam a cultura local.
Os grupos foram divididos em alunos, os quais a bolsista do projeto, Fernanda Ventorini, trabalhou com dinamicas que atividades que visavam conhecer a alimentação e a cultura local; e o outro grupo de professores e mulheres rurais (mães dos alunos), onde a extensionista da emater regional de Santa Maria, Angela Pereira, coordenou as atividades que tratavam de uma retomada da cultura e reconhecimento desta.
Os trabalhos perduram a manhã inteira com grande interesse dos participantes.
A equipe do projeto retornou muito satisfeita pelo trabalho e pela receptividade, tanto da comunidade escolar quanto da prefeitura municipal.
A próxima oficina já tem data marcada para o dia 25 de outubro.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Trabalhando a erosão cultural alimentar na escola urbana

O projeto Erosão cultural alimentar atuou nesta última segunda feira na Escola urbana de Santa Maria Édina May Cardoso onde ocorreu uma oficina com alunos do primeiro ano do ensino fundamental com o objetivo de levantar a dieta alimentar. o projeto tem três focos de ação, escola urbana, de assentamento de reforma agrária e escolas rurais de comunidades de agricultura familiar. Será um trabalho comparativo do processo de erosão cultural alimentar em três meios diferentes, o projeto está na fase de aplicação das oficinas e levantamento de dados, mas as diferenças do processo erosivo nestes três meios são significativas.

A realidade urbana é muito diferente dos outros dois focos, a alimentação realmente é bastante homogeneizada e simplificada nutricionalmente, percebe-se pelo levantamento com os 18 alunos que não há preocupação das unidades familiares em cultivar hábitos familiar.

O projeto tem a honra de contar com acadêmicas do 4º semestre de nutrição da Unifra, Vanessa Pucci, Adriane que complementam o trabalho tanto com alunos como com os pais, fazendo um círculo de envolvimento da comunidade escolar.

A oficina foi bastante dinâmica com atividades participativas que trabalharam a alimentação industrializada vivenciada hoje bastante influenciada pela mídia.

A próxima oficina será no mês de outubro e versará sobre os hábitos alimentares vinculados e os reflexos na saúde.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Projeto Erosão Cultural Alimentar conclui primeira fase

Nesta última terça feira pela manhã, foi apresentado o projeto "Os desafios da Erosão Cultural Alimentar: ações de aprendizado em escolas urbanas e rurais da região centro do estado RS", para a prefeitura municipal de Novo Cabrais, que ficou muito motivada pelo trabalho, visto que existem ações em prol da segurança alimentar no município sendo esta última ação para conclusão da primeira fase do projeto.
No encontro estavam presentes Angela Pereira extensionista da emater regional de santa Maria, Fernanda Venturini bosista do projeto, o prefeito municipal, a extensionista da emater local, secretário da educação e ainda a equipe da escola Escola Muninicipal de Ensino Fundamental José Escortegâne, onde será executado o projeto. Após a explanação sobre o sobre o projeto foi realizado um planejamento das oficinas até o fim do ano. A equipe do projeto ficou muito satisfeita com a recepção do projeto e a abertura para os trabalhos que envolvem segurança alimentar.
Pela tarde foi realizada a apresentação do projeto para a secretaria de educação de Faxinal do Soturno. após a explanação sobre o projeto, e a reflexão em torno do processo de erosão cultural alimentar que vivemos, foram planejadas as agendas. A Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Pedro Copetti receberá o projeto em faxinal do soturno, onde já existe um trabalho que busca resgatar a gastronomia local, são ações dentro do projeto escola ativa, o projeto que o Nepals propõe vem a complementar o que já existe trazendo reflexões sobre o processo de erosão cultural alimentar levando da teoria a prática através de oficinas sobre hábitos alimentares e o que envolve o processo de alimentação.
Com estes dois últimos contatos em escolas foi concretizada a primeira etapa do projeto, estando com abrangência em sete municipios, sendo eles: Capão do cipó, Toropi, Santa Maria, Faxinal do Soturno, Novo Cabrais, Canguçu e Piratini. Em cada um destes municipios foi determina uma escola onde serão realizadas oficinas com os alunos, professores e grupo de mulheres das localidades próximas a escola.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Nepals em Ação com projetos na metade sul




As equipes dos projetos "O desafio da Erosão Cultural Alimentar: Ações de Aprendizado social nas escolas urbanas e rurais da região central do RS" e "Preservação e Reprodução de Sementes Crioulas em Assentamentos de Reforma Agrária do Rio Grande do Sul", as quais estiveram no inicio do mês no município de Pedras altas e Aceguá, para apresentação dos projetos nas escolas dos assentamentos de Gloria em Pedras Altas e assentamento Jaguarão em Aceguá, onde os projetos serão executados e terão apoio logístico da equipe da Cooperativa de Prestação de serviços Técnicos em assentamento de reforma agrária - COPTEC, a qual se mostrou muito receptora aos trabalhos. Devido ao mal tempo não houve possibilidade de chegar nas escolas, assim foram realizados foram encaminhados através da COPTEC os contatos com as escolas e as oficinas ficaram para a primeira semana de setembro.
Em Pedras Altas, segundo a COPTEC, tem-se uma realidade interessante, onde em torno de 40% dos cidadãos do município são assentados e trabalham significativamente com a produção de alimentos para subsistência com uma matriz produtiva baseada na pecuária leiteira e ovinocultura. Muitos comercializam seus produtos na sede do município diretamente com o consumidor final, como observamos (foto). Neste contexto os projetos vem a contribuir muito com o desenvolvimento local, no resgate a sementes crioulas e a cultura alimentar local retomando hábitos e práticas de produção e processamento.
Em aceguá a matriz produtiva também é baseada na pecuária leiteira, a produção para subsistência não é tão intensa, mas existe fomento por parte da equipe para a produção familiar principalmente com o objetivo de aproveitar a oportunidade de ofertar para merenda escolar.


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Projeto Somar

Programa SOMAR - Programa Sistema de Orientação e Mobilização Assistida com Responsabilidade Técnica é uma ação de extensão, coordenada pelo Professor Paulo Roberto Cardoso da Silveira do grupo Nepals. Os recursos advém de convênio entre INCRA e UFSM, visando assessorar o programa Terra Sol, lançado pelo INCRA em 2004 para apoiar processos de agroindustrialização e comercialização das matérias-primas dos assentamentos de reforma agrária do rio grande do sul.




O Programa SOMAR atua nas áreas de qualificação dos projetos agroindustriais, no controle de qualidade e ambiental, gestão estratégica e administrativa, no apoio na comercialização e marketing, além de investir na formação continuada dos agricultores(as) gestoras e operadoras dos empreendimentos e agentes de desenvolvimento envolvidos na consolidação dos empreendimentos. Trata-se de uma equipe de profissionais de diversas áreas, além de bolsistas de graduação e pós-graduação. Busca-se contribuir para criar meios para o desenvolvimento sustentável e a qualificação da reforma agrária no Brasil ao apoiar organizações de agricultores assentados.



sábado, 23 de julho de 2011

Feira de Agroindústria Familiar em Lajeado


No último sábado, dia 16 de julho integrantes do Nepals foram conferir as novas tecnologias em máquinas e equipamentos e processamento na 2ª edição da Feira de Agroindústria Familiar em Lageado de 14 a 17 de julho com diversas atividades do setor além de exposição de máquinas, equipamentos e produtos da agricultura familiar de vários estados do país.

















Para a equipe do núcleo é importante estar informado sobre as novas tecnologias do setor, principalmente porque em muitos casos vistos são tecnologias criadas pelo produtor para facilitar o trabalho na agroindústria, embora que fábricas estejam lentamente se voltando para a realidade da agricultura familiar, ainda existe uma carência de equipamentos dentro da escala das agroindústrias familiares rurais. No evento também ocorreram discussões sobre a sucessão na agricultura familiar, produção orgânica, alimentação escolar, criação de programas para agroindústria familiar e sobre o SUASA.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Instituições apresentam suas ações relacionadas à erosão cultural alimentar
















Nesta última quarta-feira, dia 06 de julho, no auditório da pós-graduação em extensão rural, prédio 44, CCR, da UFSM, aconteceu mais uma discussão sobre o tema que tem sido um dos alvos de trabalho dos últimos meses deste núcleo de estudos. Estavam presentes representantes do IF de São Vicente do Sul, Emater Santa Maria e São João do Polêsine, docentes e discentes da UFSM. O encontro tinha como objetivo apresentar os trabalhos sobre o tema de erosão cultural alimentar que estão sendo desenvolvidos na região e ainda o que as instituições presentes pretendem desenvolver relacionado à segurança alimentar.


Foram apresentados os trabalhos já realizados nas escolas de assentamento de reforma agrária na metade sul, relatos dos trabalhos que a Emater possui com grupo de mulheres rurais na região da Quarta Colônia e municípios de Toropi e Dilermando de Aguiar.

Por fim, foram feitos alguns encaminhamentos da participação da Emater no projeto "Os desafios da Erosão Cultural Alimentar: ações de aprendizagem em escolas rurais e urbanas da região centro do estado - RS." no sentido de englobar nas escolas rurais de Toropi, Dilermando de Aguiar, Faxinal do Soturno e Dona Francisca os grupos de mulheres rurais, até mesmo para dar continuidade a um trabalho que a Emater regional de Santa Maria já havia iniciado com resgate da cultura alimentar, pela extensionista Ângela Pereira.

domingo, 3 de julho de 2011

Primeira oficina de segurança alimentar em Capão do Cipó/RS

No dia 29 de Junho, foi realizada no assentamento Sepé Tiarajú, localizado no município de Capão do Cipó/RS, a oficina piloto referente ao projeto O desafio da Erosão Cultural Alimentar: ações de aprendizado social nas escolas urbanas e rurais da região central do RS, coordenado pelo prof. Paulo Silveira. No dia houve também uma explanação sobre Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE para os secretário da agricultura do município e as professoras da escola Chico Mendes.

Pela parte da manhã, a acadêmica Isabel do curso de Agronomia da UFSM, tratou de sanar as dúvidas sobre o PNAE em reunião com a equipe da secretaria da agricultura do município e durante a tarde na escola explanou sobre o programa discutindo as estratégias de ação com as professoras. A escola está tentando buscar informações de como comprar a merenda escolar da agricultura familiar, mas sente dificuldade em função da falta informação sobre como proceder, foi importante a explanação da Isabel no sentido de nortear as próximas ações para efetivar a compra da merenda escolar da agricultura familiar e preferencialmente absorver a produção de produtores do assentamentos de Capão do Cipó, que possui quatro assentamentos.

A oficina coordenada pela mestranda em Extensão Rural Tânise Pedron foi realizada com as professoras da escola Chico Mendes, e teve como meta conhecer melhor os alimentos que compõe a dieta nas suas residências, buscando problematizar com a dieta equilibrada sugerida pela pirâmide alimentar, e compreender qual o motivo que impede que as professoras da escola sigam as recomendações de um dieta saudável.

Alimentos básicos como arroz, feijão, batata, abóbora e ovos foram citados como básicos, ao lado de bolachas, sucos, iogurte, e cereais industrializados. Paralelo à isso, é importante destacar que todas as professoras presentes na oficina relatam sobre as antigas estratégias de alcance e preparo de alimentos, e que foram abandonadas pela “falta de tempo”, uma vez que o tempo-trabalho exige longos períodos fora de casa. Segundo elas “a vida moderna não permite uma alimentação saudável, e acabamos comendo qualquer coisa”. Com isso, o cuidado com as hortas, com os pomares e a participação nas feiras locais perderam a prioridade na rotina das professoras, e a diversidade que esses espaços de produção doméstica apresentavam à dieta diária das famílias foi se perdendo, em prol de uma vida moderna. Através dessa oficina foi possível organizar uma pirâmide alimentar dentro da realidade das professoras da escola, a qual será entregue à elas no próximo encontro, a ser realizado em agosto.

Concomitante a este momento, durante a tarde, também foi trabalhado com 23 alunos presentes na escola. A Tecnóloga em Agroindústria Fernanda Venturini, trabalhou com os alunos do 1º ao 6º ano, também fazendo um levantamento com as crianças, de forma bem didática, com o objetivo de compreender a dieta alimentar dos alunos e quais os alimentos existem em suas mesas nas refeições do café da manhã, almoço, lanche escolar e jantar. Foi abordada também a questão da alimentação industrializada em detrimento da natural relacionando aos aspectos de saúde das crianças que possuem uma freqüência mediana a hospitais da região, por vários fatores, numa observação superficial pode-se dizer que isto dá principalmente em função da alimentação não ser muito balanceada. Pelo levantamento, a base da alimentação é arroz, feijão, mandioca, batata, ovos e poucas frutas e hortaliças. É uma alimentação rica em carboidratos e pobre em vitaminas e minerais. Existem alguns casos de anemia na escola. A partir deste levantamento com a comunidade da escolar temos um quadro da realidade alimentar do assentamento Sepé Tiarajú, estes dados são a base para as próximas oficinas onde trabalharemos mais focados na realidade local. Assim em todas as escolas onde o projeto será desenvolvido se parte do mesmo princípio inicial, levantar a realidade da dieta alimentar para entendimento e posteriormente trabalhar esta realidade junto com a comunidade escolar.

Com tal resultado foi possível fazer uma discussão sobre como os hábitos e os costumes da modernidade urbana, que estão envolvendo os espaços dos assentamentos de reforma agrária. Sendo que estes espaços de assentamentos são marcados por um modo de vida específico, que interpreta a realidade social diferente do que está determinado pela sociedade. Os assentamentos de reforma agrária, possuem “problemas e demandas específicos, relacionada ao processo de reforma agrária, que os diferencia do conjunto dos agricultores familiares” (CAUME, p. 2006, p. 59).

Por esses motivos, é curioso investigar a problemática da (in)segurança alimentar nos espaços de assentamentos, uma vez que os assentados saíram do campo, tiveram uma vivência no urbano e voltaram ao rural, a princípio com uma compreensão da autonomia alimentar que independe de outras dimensões, garantindo a segurança alimentar equilibrada e diversa.

Bibliografia

CAUME, David José. O MST e os assentamentos de reforma agrária: a construção de espaços modelares. Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo: Goiânia: Ed. da Universidade Federal de Goiás, 2006. 304p.